O escritório multidisciplinar SuperSpatial foi selecionado como uma das 6 finalistas para o Pavilhão da Coreia do Sul na Expo 2020 em Dubai. Seu projeto explora o futuro do lixo eletrônico através de uma arquitetura que reutiliza milhares de peças de computador obsoletas como material de construção. Assumindo a forma de um anfiteatro para eventos temporários, o projeto usa a Expo como uma oportunidade para refletir sobre o problema global do lixo eletrônico, fazendo do pavilhão um meio crítico.
A equipe com sede em Milão, juntamente com o arquiteto coreano Joon Ma, foi premiada com menção honrosa no concurso para o pavilhão. De acordo com os arquitetos, a Coreia do Sul é um dos países líderes na produção de componentes eletrônicos, e o pavilhão foi feito como um experimento para transformar peças de computadores obsoletos, fundidas em resina, em um material de construção. A proposta "é uma manifestação física das infraestruturas digitais e mecânicas que possibilitam a conscientização humana e a atividade mental como espaço de conexão e comunicação". Com o objetivo de trazer à luz as infraestruturas invisíveis que conectam as pessoas, o pavilhão foi projetado para exibir a interconectividade entre a engenharia digital e física.
Ao longo de algumas décadas, a Coréia do Sul adotou a possibilidade da infraestrutura digital e agora se tornou a vanguarda da nova tecnologia 5G. A ideia por trás do projeto é investigar o contraste entre hardware e software, a leveza intangível da nuvem e o hardware invisível por trás dela. O piso da exposição é feito a partir de lixo eletrônico que se manifesta fisicamente na forma de uma topografia. Hardwares obsoletos formam uma plataforma de exibição para as tão esperadas tecnologias digitais estão por vir.